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Xadrez às cegas.

 

“[O tabuleiro de xadrez] é um mundo inteiro em 64 quadrados. Eu me sinto segura nele. Posso controlar, dominar. E é previsível. Se me machucar, a culpa é só minha.”

 

Essa frase foi dita por Beth Harmon, jovem prodígio do xadrez e protagonista da série “O Gambito da Rainha”, da Netflix, que é também minha recomendação cultural para o fim de semana.

 

Para os iniciantes em xadrez, o jogo reserva algumas similaridades com o conhecido jogo de damas: um tabuleiro quadrado com 64 casas claras e escuras alternadas, peças pretas e brancas para distinguir os jogadores e o jogador das brancas é o que faz o primeiro movimento.

 

As similaridades acabam aí. Damas são jogadas com 24 peças, enquanto o xadrez tem 32. E, diferentemente do primeiro, em que todas as peças seguem as mesmas regras, no xadrez cada uma tem a sua regra.

 

Essas diferenças fazem do xadrez um jogo muito mais complexo que o de damas. Em vez de apenas sete movimentos iniciais possíveis, no xadrez existem 20. Esses números aumentam conforme a partida progride.

 

A estratégia é muito maior no xadrez. As possibilidades de ganho, reconhecimento e capacidade são maiores nele. Confesso, aprendi no ventre. Antes mesmo deste serzinho aqui nascer, minha mãe já rodava o estado jogando xadrez pelos torneios oficiais. Tenho até um tabuleiro aqui em casa como forma de lembrar-me sempre que nossos passos na vida são guiados pela estratégia de um jogo de xadrez. 

 

O motivo dessa abertura se deu em razão de um dos maiores enxadristas que já conheci. Mora aqui do meu lado, chamado Horácio Prol Medeiros.  Para quem não sabe, além de reconhecido jogador de xadrez, ele é um dos maiores administradores de condomínios da Baixada Santista, parceiro nosso e sócio da OCB – Organização de Condomínios e Bens. Além de um belo apreciador de vinhos e charutos. Vale muito à pena conhecer.

 

E é aí que nosso papo começa a interligar com Condomínios. Tocar um destes transatlânticos é verdadeiramente uma partida de xadrez. Cada passo requer estratégia. Sendo o síndico um cargo político, requer muita habilidade e profissionalismo na sua condução. 

 

Por que eu digo isso? Porque sinto que existe um roteiro no mercado o qual muitos ainda insistem em seguir, apesar de tratarmos tanto em personalização de atendimento, humanização e eficiência na gestão condominial: Os orçamentos e propostas. 

 

Não sei você, mas faço muita pesquisa de mercado por aqui e sinto que as propostas de atendimento jurídico (e de outros prestadores de serviços para condomínios) são muito iguais. 

 

Um documento por melhor que seja redigido não exprime tudo o que podemos fornecer ao nosso condomínio. 

 

Existe um manual de propostas no qual deve-se dar a apresentação da empresa, escopo (essa palavra feia no qual muitos a repetem sem saber seu significado) e remuneração. 

 

Quando se trata de “Cobrança de Inadimplentes” então. Todas iguais. Percentuais iguais. Formas iguais. Basta escolher 3, botar na mesa do Conselho, fechar os olhos e escolher. 

 

Por mais que tenhamos avançado anos nessa pandemia, ainda existe um percurso enorme a seguir. 

 

Quando se trata de atendimento personalizado, humanizado e eficiente, precisamos lembrar que tratamos acima de tudo de pessoas. Talvez por isso muitos síndicos com os quais atuo me pedem tanto no início do trabalho para estarem parelhos a cada acordo ou ação ajuizada. O medo de cometer os mesmos erros do passado os faz ficarem atentos no jurídico. Com o passar do tempo, percebem a seriedade do trabalho e, com as réguas e métricas previamente estabelecidas conseguem deixar o trabalho fluir. 

 

A arma da escolha de um bom jurídico está na proposta. Na estratégia traçada. No perfil de seu comandante e de seus comandados. Quanto mais conheço meus síndicos, mais eficiência o trabalho alcança nos condomínios. Não dá para traçarmos um único planejamento para todos. Cada qual com suas trajetórias, regras, comportamentos e metas. 

 

Se eu sei que a reeleição é seu momento de chave nos condomínios, um planejamento precisa ser traçado para alcançarmos caixa, harmonia e padrões de conduta. 

 

Se eu sei que acabou de ser eleito, o perfil mais inovador da gestão se faz presente. 

 

Nas 2 últimas newsletters aqui, escrevi alguns meios que Advogados utilizam para captar clientes sem compromisso algum com a ética e eficiência de gestão condominial. Recebi muitos comentários de gente que jamais imaginara como verdadeiramente se ganha dinheiro com a “aparente” ineficiência de um jurídico condominial relapso.  

 

Só não entendo como obtermos efeitos diferentes para condutas iguais. 

 

Muitos me pedem um orçamento e, confesso, forço mesmo um agendamento de reunião. Em poucos minutos traçamos juntos um planejamento direto para o condomínio. Alguns fogem. Querem apenas o documento por força do conselho. 

 

Seguem jogando um verdadeiro jogo de xadrez às cegas, sem entenderem ao menos o trabalho a ser realizado. O trabalho aqui não é todo igual. 

 

Todo Conselho de Condomínio tem um Advogado ou um amigo Advogado que acredita poder realizar o trabalho “de causa ganha” na área condominial. 

 

Ao propormos que você abra um pouco seus olhos para as diferenças entre os profissionais da área e os que “também podem fazer”, tenho um único objetivo em mente: que você nunca mais jogue xadrez às cegas. 

 

Afinal, você é o comandante dessa nau e essa não parece ser uma boa escolha para o seu condomínio e sua carreira, não é?

 

Clodoaldo de Lima é Sócio da Zabalegui & de Lima Advogados. 

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