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O Maravilhoso Mundo do Faz de Contas

Nada mais lúdico e nostálgico do que um “era uma vez”, e nisso continuo:

Era uma vez um país que se importava com as pessoas com deficiências, e em nome delas fizeram guias rebaixadas, semáforos sonoros, calçadas com piso tátil, investimos em acessibilidade, fizemos leis em cumprimento a tratados internacionais assinados, etc., e que bonito é o período que estamos nas paraolimpíadas, com brasileiros extraordinários sendo recordistas em diversos esportes.

Mas infelizmente não é uma história com final feliz, porque são inúmeras as injustiças contra pessoas já tão sofridas e que enfrentam tantas dificuldades, quando o que almejam pura e simplesmente é serem vistas em igualdade com as pessoas normais.

No final do ano de 2020 como se já não bastasse todas as preocupações e desordem financeira causada pelo Covid, a barriga sempre faminta do Estado, resolveu roncar e abocanhar justamente esses Pcd´s através da revogação da isenção de IPVA que a eles era conferida, e com essa imputação de novas regras 80% perdeu o benefício, e os outros 20% ficou tão burocrático que praticamente inviabilizou esse procedimento.

É de suma importância salientar, que tal benefício na verdade tem a função primária de pelo menos de uma forma econômica, tentar igualar o fio dessa balança, uma vez que é desnecessário relatar o quanto é precário o transporte público no nosso país para pessoas normais, agora imagina só para uma pessoa com deficiência, bem como tentando amenizar os gastos que essas pessoas têm com médicos, remédios e tratamentos.

Há de se aplaudir em muitos dos nossos processos abertos aqui na ZDL Advogados, aos quais estamos buscando garantir o direito dessas pessoas judicialmente o posicionamento do Ministério Público, pena que ainda tenho dúvidas referentes as decisões tímidas dos magistrados paulistas, mas o que é uma vida sem esperança, afinal tribunais tem a função sempre de se alcançar justiça não é mesmo? Neles não tem lugar para opiniões políticas (contém sarcasmo). 

A questão aqui não é “mimimi”, e sim relatar o absurdo de desemparar essas pessoas já tão sofridas e que enfrentar a vida mesmo com limitações. Torcer e ter orgulho dos nossos atletas paraolímpicos, ter empatia com uma pessoa com deficiência e se sensibilizar com uma causa tão nobre pode parecer o mínimo, mas como eu disse anteriormente, essa história não acabaria bem, uma vez que nossos representantes, estes mesmos que fingem ser empáticos, que fingem torcer na paraolimpíada na verdade ceifaram direitos conquistados dos deficientes.

Espero de coração que todos os responsáveis deitem tranquilamente e durmam muito bem, mas saibam que essa ferida no coração dos Pcd´s não vai cicatrizar tão rápido, e os nomes de todos aqueles que aprovaram esses absurdos serão carinhosamente lembrados nas eleições, e aí sim, talvez com uma perspectiva de mudança essa história possa voltar a ter um final maravilhoso como, e todas as pessoas com deficiência viveram felizes para sempre…

Fim? 

Renato Taboada é Gerente Comercial da ZDL ADVOGADOS. 

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