número único
nacional
Se você é um homem casado, possivelmente já entendeu: você não precisa ter razão. Ao contrário. Ter razão pode ser a pior coisa. Você ganha a discussão e junto leva uma tromba pelas próximas 48 horas, além de perder o direito de assistir aos próximos jogos do Brasileirão ou jogar aquele futevôlei com os “parça”.
Happy wife, happy life. É muito melhor ser feliz do que estar certo.
O desejo de provar seu ponto e não errar pode ser devastador.
Serve para o casamento, serve para o seu bolso e para o seu trabalho também.
“Mundo, mundo, vasto mundo. Se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima, não a solução”, como dizia meu amigo Drummond.
Na dinâmica da vida, tudo que sabemos é que vamos errar. Todos os dias.
Não existe um só dia em que eu e você não tenhamos cometido erros.
Contratamos equivocadamente, dialogamos equivocadamente, não ouvimos com a atenção merecida, julgamos deliberadamente.
Advogar, Gerir ou Administrar a vida em condomínio é, em síntese, decidir ex ante sob incertezas e perante um mapa de probabilidades.
A decisão precisa vir no instante e convenhamos, nem sempre decidimos da melhor forma.
Sob o prisma da retrospectiva tudo parecia claro, óbvio e cristalino. Sabemos ao certo, somente ex post qual dos cenários de fato se materializou – apenas uma das infinitas possibilidades que se colocavam previamente.
Quem já não decidiu mal na contratação de um prestador de serviço?
Quem não assumiu um ônus superior ao que poderia suportar?
Quem já não perdeu a paciência em uma Assembleia quando o correto era acalmar os ânimos?
O erro está na construção da coisa. O erro é inerente ao amadurecimento da profissão e do caráter. Você se prepara para a distribuição de probabilidade, mas só um dos cenários vai acontecer. E o melhor a ser feito já é um erro.
O ato de gerir não é sobre estar certo ou errado, e, sim, sobre quanto você perde ao decidir mal. Quanto está em jogo ao tomar uma decisão com o fígado no lugar da mente. Mandatos já foram jogados aos montes por única decisão equivocada.
Recentemente um Síndico Profissional me pediu ajuda. Entrou no chamado círculo vicioso dos condomínios e não consegue aprovar com o Conselho a assessoria jurídica consultiva, nem consegue tirar a gestão da inadimplência do “jurídico da Administradora” – Essa entidade misteriosa, que se esconde nas sombras, sem identificação profissional e responsabilidade civil, e com qualidade duvidosa.
O ponto central é que ele enxerga muitos benefícios no serviço jurídico consultivo, se sente seguro e confortável trabalhando com alguém que possa orientá-lo e sobretudo, com registro de conselho de classe em dia.
Planejamento traçado, fomos para a prática. Condomínios são, em essência, grandes empresas e dessa forma, respeitam o orçamento.
Sabedores disso, iniciamos com a gestão da inadimplência, que estava como água parada nas mãos da entidade misteriosa. Começamos com 4 unidades em 20 dias. As mais altas. Resultado: 2 acordos realizados e injeção direta de dinheiro na conta do condomínio.
Com os valores na conta, o consultivo teria fôlego para mostrar o seu valor. Eu poderia aqui escrever sobre a liberdade do Síndico de contratar, mas eu sempre preferi que nossos números fossem nossa principal propaganda.
A frase que sempre trago para o time comercial da Zabalegui & de Lima Advogados é: Me abre a porta que nossos resultados garantem o contrato.
Apresentamos em Assembleia TODOS os benefícios que um Jurídico Consultivo pode oferecer ao condomínio. Com números concretos e probabilidades por vir, ficou muito mais fácil conseguir o contrato.
Talvez esse seja o ponto fundamental na gestão de condomínios: o mercado irá separar o profissional do síndico garantidor de emprego e nos momentos em que uma grande oportunidade dessa se abre (inadimplência parada nas mãos de quem não dá atenção ao condomínio), o síndico precisa se destacar.
Lembro sempre a responsabilidade civil do Síndico na condução do condomínio e muitas vezes vejo como o mercado não aceita o jurídico e, aqui vai um mea-culpa, nossos Advogados não sabem como se portar diante de uma oportunidade.
Nada pior para um Advogado de Condomínio do que uma proposta fria, solitária e cheia de números nas mãos de um Conselho apto a vetar sua contratação.
A receptividade é conquistada na oportunidade de se mostrar o trabalho, no dia a dia, e não no tirador de pedido que muitos síndicos estão acostumados a lidar no mercado.
Para ser Advogado de Condomínio é necessário técnica, jogo de cintura, conhecimento e muito carisma. Muitos dos problemas enfrentados pelos condomínios se dão por problemas de relacionamento. E é aí que podemos também lhe auxiliar.
A inadimplência se torna apenas a porta de entrada; a conquista do respeito, de uma relação franca e aberta que o síndico, o administrador e o conselho podem obter com a ZDL ADVOGADOS.
Não pretendo estar certo nas minhas palavras escritas por aqui. Quero apenas poder orientar síndicos a quebrarem as correntes do amadorismo e a caminharem juntamente com a Zabalegui & de Lima Advogados para o profissionalismo.
Clodoaldo de Lima é Sócio da ZDL Advogados.